TRECHOS DE ÓPERA
Temos
em mãos novas gravações do tenor sueco Jussi Björling, acompanhado pela
orquestra do seu conterrâneo Nils Grevillius. Já tivemos ocasião, nesta mesma
coluna, de analisar a voz privilegiada desse admirável tenor sueco. Trata-se,
com efeito, de uma das maiores vozes de tenor da atualidade. Nesse seu novo
disco, da “His Master’s Voice”, no qual estão gravadas as árias Amor te
Vieta, do 2º ato da ópera Fedora, de Giordano, e Come un Bel di
di Maggio, do 4º ato de Andrea Chenier, também de Giordano, Jussi
Björling confirma a nossa opinião, pois nos proporciona uma soberba interpretação
dessas páginas do imortal compositor italiano.
Umberto Giordano, nascido em 1867, fez parte,
como Mascagni, do grupo de compositores italianos que, há tempos, se
convencionou chamar de “jovens”. Compôs as óperas Andrea Chenier, de
todas a mais conhecida, La Cena delle Beffe, Fedora, Il Re
e Siberia, além de várias canções.
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Nils Grevillius |
O disco, porém, tem a vantagem de oferecer os
melhores trechos das aludidas obras de Giordano, na voz de um dos melhores
cantores líricos da atualidade.
Da gravação propriamente dita nada há que dizer,
pois o famoso selo britânico obedece a altos padrões, captando com fidelidade,
quase absoluta, a voz do artista e o seguro acompanhamento orquestral, que
obedeceu à batuta de Nils Grevillius, um dos mais queridos regentes da Suécia.
Grandes nomes da arte musical, consagrados
artistas do disco, participarão da atual temporada de concertos do Distrito
Federal. Nomes como os de Brailowsky, Karl Krueger, Sir Malcolm Sargent, Witold
Macunzynski, Peter Wallfisch, Solomon, o famoso pianista, classificado como um
dos seis melhores do mundo, Ferrucio Burco, o menino regente e Friedrich Gulda,
estarão, em breve, recebendo os aplausos do exigente público carioca. É bem provável
que os amantes do disco, em São Paulo, tenham ocasião de ver e aplaudir também
essas figuras que aprenderam a admirar através das suas gravações.
Vamos aguardar.
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