SOLOS DE VIOLINO
O violinista Ivan Kawacink não é ainda conhecido
do grande público brasileiro. Trata-se, entretanto, de virtuose muito aplaudido
na Europa e nos Estados Unidos, onde conquistou grande platéia.
O disco, que nos chegou às mãos da Supraphon,
nos proporciona duas bonitas interpretações de Ivan Kawacink, na execução das
partituras de Valse Triste, de Oskar Nedbal, e Poéme, de Fibich,
acompanhado com bastante discreção pelo pianista Francis Marian.
O autor da primeira partitura, também polonês
como Ivan Kawacink, por sua vez não é muito divulgado no Brasil. Oskar Nedbal
(1874-1930), além de compositor foi regente e solista de viola muito aplaudido
em sua pátria, onde suas óperas e operetas são com freqüência representadas.[1]
É o autor da opereta Sangue Polaco, já representada em São Paulo, há
alguns anos.
Da lavra de Oskar Nedbal é essa bela, melodiosa
e cativante Valse Triste, cuja deliciosa melodia ficará indelevelmente
gravada na memória de quantos a ouvirem. Aliás, diga-se para ilustrar, há outra
gravação da mesma partitura, Orquestra Fok, da Rádio de Praga, ainda para a
Supraphon, muito interessante.
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Na outra face do disco encontra-se a célebre e maravilhosa melodia tcheca Poéme, de Fibich, que Ivan Kawacink com igual brilho e sentimento, interpreta.
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Aníbal Troilo |
BONITO TANGO
A Odeon apresentou, não faz muito, com grande
sucesso, o bonito tango Sin Palabras, numa convincente interpretação da
Orquestra de Francisco Canaro. A Victor, agora, comparece com o mesmo tango
magnificamente interpretado pelo festejado conjunto típico de Aníbal Troilo. Na
face oposta do disco, outro tango, La Revancha, também muito
interessante e otimamente executado.
A Victor, que tão bem cuida dos discos de música
clássica, precisa melhorar a massa das gravações de música popular. O chiado
está sempre presente, às vezes de forma insuportável.
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