OS SALTIMBANCOS
Dmitri Kabalevsky, com Shostakovsky e Khachaturian,
é um dos mais festejados compositores da nova geração de músicos russos.
Nascido na então São Petersburgo, a 30 de dezembro de 1904, estudou no
Conservatório de Moscou, onde foi aluno de Miaskovski. As suas partituras vêm
conquistando a simpatia da crítica e os aplausos do público, em geral, sendo
que algumas delas já foram gravadas na Inglaterra e nos Estados Unidos como a
abertura da ópera Colas Breugnon; a Sinfonia nº2, op. 19; o Concerto
nº2, para piano e orquestra, em Sol menor, op. 23; e a suíte The
Comedians da qual estamos tratando.
The Comedians, título com que a partitura aparece nas
edições americanas e inglesas, e cuja tradução para o vernáculo poderia ser Os
Saltimbancos, é uma suíte formada de trechos de música de cena, escritos
originalmente para uma peça representada no Teatro Central Infantil, de Moscou,
em 1938. No ano seguinte, o autor os reuniu em suíte, sem seguir, entretanto, a
ordem com que eles se sucediam na peça.
A intenção de Kabalevsky, nessa suíte, é
apresentar uma série de quadros musicais, que descrevam os alegres e
característicos incidentes da vida de um desses grupos de saltimbancos, que
percorrem o país, para divertir o público das feiras e festas locais. A música
é viva, graciosa, de grande efeito, surpreendendo o ouvinte desprevenido que,
por certo, julgaria tratar-se de mais um espetacular ballet russe de
brilhante orquestração.
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Dmitri Kabalevsky |
Os Saltimbancos, opus 26, compõe-se das
seguintes partes: 1) Prólogo; 2) Galope; 3) Marcha; 4) Valsa; 5) Pantomima; 6)
Intermezzo; 7) Pequena Cena Lírica; 8) Gaivota; 9) Scherzo; e 10) Epílogo.
A execução dessa vivaz composição de Kabalevsky
está, na gravação que temos em mão, a cargo da Phillarmonic Symphony of New
York, sob a direção de Efrem Kurtz, execução essa precisa, cheia de vitalidade
e de notáveis efeitos.
Por seu turno, a gravação Columbia, americana,
está impecável, constituindo mesmo, ao que nos parece, uma das mais perfeitas
jamais apresentadas pela famosa etiqueta. Os discos em apreço obedecem os seguintes
números de ordem: DX-1.537/8.
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Na foto: Tati Casoni é uma vocalista peninsular
das mais aplaudidas. Há poucos dias, ao apreciarmos um disco seu, não lhe fomos
favoráveis. É que Casoni, especialista em cantar canções italianas, entendeu de
gravar dois sambas brasileiríssimos... Mas a simpática vocalista se nos
apresenta, agora, novamente pela etiqueta Continental, cantando, como só ela
sabe, Il Perduto Amore, uma delicada canção italiana, e Valzer del
Buon Humore, como o próprio nome está indicando, uma valsa bastante alegre.
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