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As gravadoras americanas, ultimamente, estão se
dedicando à produção de álbuns especializados em músicas de jazz. A Columbia,
por exemplo, vem de distribuir o seu Class Jazz, com gravações de Ted
Lewis e seu conjunto. Por sua vez, a Decca edita um espetacular álbum de jazz
clássico, que faz parte de sua coleção, recém-iniciada, intitulada Red
Nichols Classics, constituindo este o segundo volume da série. Ainda a
Decca nos oferece outro álbum, no gênero, sob o título de Cab Calloway,
que, como o próprio título está a indicar, é composto de gravações da famosa
orquestra de Cab Calloway. – A Continental colocará nas revendedoras, dentro de
poucos dias, várias gravações de bom padrão, como a de Jorge Goulart,
interpretando 25 de Abril, fox de Frazão e Roberto Martins, e Lírios
do Campo, samba de Ataulfo Alves e Peter Pan. O conjunto de Cópia é o
responsável pelo acompanhamento, aliás, muito interessante. – O disco de
Ademilde Fonseca e Jorge Veiga, por sua vez, nos apresenta a voz de Ademilde
mais interessante, porque ela não vocaliza com aquela sua intensidade
característica, mas sim cadenciadamente, demonstrando, assim, o seu bonito
timbre vocal. Carne Seca com Tutu é o samba que ela canta, juntamente
com Jorge Veiga. Na outra face, apenas Jorge intervém, porquanto é uma valsa, Anúncio,
de Bené Machado, sendo secundado pelo conjunto de Geraldo Medeiros.
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Zé Fortuna, Piracicaba e Coqueirinho |
– Dentro de
poucos dias o público vai tomar contato com vários artistas caipiras
autênticos. A Elite e a Continental irão apresentá-los através dos seus discos.
A primeira nos dará o “Trio Floresta”, composto de Piracicaba, Zé Fortuna e
Coqueirinho, cantando Lágrimas de Mãe, que conta a história de um
pracinha que morreu na Europa, e Rancheiro
Triste. A segunda nos oferecerá a dupla Zé Carreiro e Carreirinho, cantando
o cururú Canoeiro.
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Araci Costa |
– A Todamérica, dentre os seus lançamentos próximos,
marcará a estréia de Araci Costa, uma pequena de talento, cantando dois baiões,
Obalalá e Rio Vermelho. – Novos cartazes da Elite: Eduardo Nunes,
vocalista, e Jacob Thomas, solista de bandolim. Além de Alba Mery, bolerista,
que nos vai proporcionar as seguintes gravações: En Revancha, bolero de
Agustín Lara, do filme A Deusa Ajoelhada; Franqueza (mambo), de
Mario Fernandez Porta; Contigo, bolero de Claudio Estrada; e Ni que
Si, Ni Quizá, Ni que No, um mambo de Alfredo Gil, que constitui uma
resposta aos boleros Dime que Si, Quizás, Quizás, Quizás e No,
No y No. – Em sua série de historietas infantis a Continental irá lançar,
dentro em pouco, a Gata Borralheira. Branca de Neve e os Sete Anões
vai ser gravada. – O suplemento Victor para outubro sairá do prelo na próxima
semana. – Idem, o da Odeon. – Sobre eles teceremos considerações.
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Lucienne Delyle |
– A
Continental, que organizou uma série de gravações nas vozes dos nossos maiores
poetas, dizendo os seus mais representativos poemas, vem de gravar a voz do Dr.
António Botto, um dos mais inspirados amantes das musas. – Interessante álbum
exclusivamente com melodias de Noel Rosa será editado pela etiqueta dos três
sininhos. As gravações serão feitas por Sílvio Caldas e Aracy de Almeida.
Bonita homenagem ao imortal compositor de Santa Isabel.
Na foto: Lucienne Delyle, uma das mais
expressivas vocalistas de Paris, atualmente no Rio de Janeiro, é artista
exclusiva da Columbia. Suas mais recentes criações para a famosa etiqueta foram
C’est Un Cars, canção de Pierre Roche, e Au Soileil de Mai, de
Aimé Barelli, também uma canção. A orquestra que assiste Lucienne, neste disco,
é a de Aimé Barelli.
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