TÓPICOS E INFORMAÇÕES
Dentro
de alguns dias começarão a aparecer, nas vitrines das revendedoras os discos da
nova etiqueta “Toda América”. Como se sabe, “Toda América” é uma nova marca
subsidiária da Continental, isto é, os seus discos serão prensados e
distribuídos pela organização Byington. – A propósito da nova etiqueta,
apresentará ela uma inovação em sua etiqueta: em seu selo, além do número
correspondente à gravação, o título da música e o nome do intérprete ou da
orquestra, terá ainda a fotografia do artista. Se se tratar de um conjunto,
terá a foto do chefe. Há casos em que a etiqueta não apresentará foto alguma,
mas o globo terrestre demonstrando os contornos de “Toda América”. – Dentro de
poucos dias, a Capitol entregará às revendedoras o primeiro disco de Stellinha Egg.
Trata-se de uma maracatu estilizado, de autoria de Geraldo Medeiros, que
recebeu o título de Bu-qui-ti-bum, cujo arranjo é de autoria de Lyrio
Panicalli. – Jorge Veiga, com a sua estranha e original voz, vem de gravar para
a Continental uma produção de Ary Barroso e Amâncio[1].
Trata-se do samba Carne Seca Com Tutu. – A Victor já colocou n praça a
última composição da dupla Alberto Rossi e Lazzoli[2],
interpretada por Carlos Galhardo, intitulada O Resto é Silêncio, uma
inspirada valsa. – O primeiro disco da “Toda América” a ser colocado nas
revendedoras é gravado por Nilo Sérgio, que pertenceu ao cast da
Continental. Speak Low, beguine de Kurt Weill e Ogden Nash e aquele
célebre Cavaleiros do Céu foi o que Nilo gravou neste seu primeiro disco
para a novel etiqueta. – A versão da canção italiana que celebrizou Gino Bechi,
então conhecido apenas por um número reduzido de pessoas, Estrada do Bosque,
de C. A. Bixio, foi gravada por Francisco Alves para a Odeon. Já ouvimos as
provas e ficamos otimamente impressionados. Em próximas notas analisaremos o
disco.
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Elizeth Cardoso |
– Vários artistas da Continental passaram-se para a nova etiqueta “Toda
América”: Nilo Sérgio, Ademilde Fonseca, a orquestra de Francisco Sergi foram
os primeiros. – Em compensação, o novo selo nos vai apresentar valores novos,
como Araci Costa, Elizeth Cardoso, Marchelli,[3]
Dupla Zoológica, Os Boêmios, Helena de Lima e outros. A garota, ao que se diz,
de maior prestígio na nova marca é Elizeth Cardoso, que é dona de um timbre
vocal interessantíssimo. Gravou ela, Complexo, samba de Wilson Batista e
Magno de Oliveira, e Canção de Amor, de Elano de Paula[4]
e Chocolate. – Dentro de alguns dias a Continental colocará nas revendedoras as
recentes gravações do conjunto de Georges Henry, com William Fourneau.
Trata-se, como já noticiamos, das seguintes gravações: Holiday for Strings,
Dança do Sabre, Que Nem Jiló e Trem-o-lá-lá. William Fourneau,
com o seu assovio e os seus malabarismos vocais, tem papel de destaque nas
aludidas gravações, que, aliás, serão alvo de nossos comentários, posto já
havermos ouvido as provas correspondentes.
E
é só, por hora.
Na foto: Fernando
Torres, um dos mais categorizados boleristas da constelação Odeon, está
presente no suplemento do corrente mês da famosa etiqueta. Quiereme... Pero Quiereme, bolero-mambo de
Alfredo Parra, que Chucho Martinez já gravou, já faz algum tempo, para a
Continental; e Amorcito Corazón, bolero de Manuel Esperon e Pedro de
Urdemalas, também já gravado por Chucho Martinez para a etiqueta dos três
sininhos, são os números que o jovem cantor nos oferecerá, aliás muito bem
vocalizados e interpretados de maneira superior, condizente com o seu renome.
[1] Deve ser
Amâncio Cardoso, mas há equívoco, porque o samba Carne Seca com Tutu é parceria de Ary com Vilma de Azevedo.
[2] Na
verdade uma pessoa só, o maestro Alberto Rossi Lazzoli.
[3] “Marchelki”
no original. Suponho que J. refira-se a Vicente Marchelli.
[4] Irmão
mais velho do grande Chico Anysio.
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